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Na Igreja primitiva as fraquezas humanas eram combatidas com uma disciplina muito rigorosa. Em tempos de perseguições o ideal era representado pela morte por Cristo, com o martírio. Depois, a começar do século IV, procurava-se outra morte: a renúncia ao mundo e a solidão do deserto. A vida eremítica, que tem em santo Antão abade o exemplo mais imitado e mais popular, graças também a biografia escrita por santo Atanásio, constitui por muitos anos o ref;ugio preferido destes simpáticos anárquicos do espiírito. Inicialmente eram autônomos como os primeiros pionerios do West americano, depois tomaram-se organizados por uma Regra ascética, que fixava tempos de jejum e de oração de vida parcialmente comunitária, que mitigava a rígida separação até dos próprios semelhantes.Muitos cristãos empreendiam longas e desconfortáveis peregrinações os quais está precisamente santo Arsênio, eremita no Egitoe um dos mais célebres pais dodeserto. O santo anacoreta porém não gostava de interromper a rígida observância do silêncio nem com um peregrino queviesse de longe. E quando não podia subtrair a estas visitas de obrigação, as suas raras e monossilábicas respostas desencorajavam até o mais dos interlocutores, a tal ponto que ele se retirava até o mais devoto dos interlocutores, a tal ponto que ele se retirava mais desconcertado que edificado. Arsênio tinha nascido em Roma, no ano 354 mais ou menos, de uma nobre família de senadores. Uma antiga tradição diz que ele foi ordenado diácono pelo proprio papa Dâmaso.Em 383 o imperador Teodósio o quis em Constantinopla para confiar-lhe a educação dos filhos Arcádio e Honório. Aí ficou 11 anos, até 394, quando depois de uma profunda crise espiritual obteve a exoneração daquele cargo para se retirar para o deserto egípcio. Pedindo a Deus um caminho seguro para a salvação, uma voz misteriosa ter-lhe-ia repondido: "Fuja dos homens." Arsênio, então com quarenta anos, ajuntou-se à comunidade dos anacoretas de Scete, em pleno deserto. Concedendo a si pouquissimo sno, passava noites inteiras em oração e meditação; uma oração foi feita mais com lágrimas que com palavras, pois recebeu de Deus o dom das lágrimas.De 434 a 450, que se presume tenha sido o ano de sua morte. Arsênio teve de viver da tranquila Scete, invadida por uma tribo líbica. Morreu em Troe, perto de Mênfis. Dele além de uma crônica histórica e sábias máximas, refeidas por Daniel de Pharan, amigo de dois discípulos de Arsênio, chegou-nos até um retrato, em que aparece com boa aparência, majestosamente alto e esbelto.
